Filmes…

sábado, 17 out. 2009 23:00

Ontem fui trabalhar no período da manhã e da tarde. Saindo do trabalho, antes de chegar a minha casa, passei em uma locadora, no bairro onde moro. A intenção era alugar apenas 1 filme. E consegui alugar apenas 1 filme. Desejava assistir um filme leve, poderia ser uma comédia ou um romântico. Olhando as prateleiras dos lançamentos, visualizei vários temas. Na dúvida fiquei entre uma comédia “Queime depois de ler”, com atores famosos, como Brad Pitt e outro romântico “Encontros ao acaso”, com atores que não conhecia bem. Levei “Encontros ao acaso”. Chegando a casa, sentia-me cansado. Fui ao meu quarto, tirei os sapatos e a camisa, e de calça deitei em minha cama. Que sensação boa! Chegar a casa e ficar no seu cantinho. Um cantinho seu. Dormi um pouco. Um pouco mesmo, foi um cochilo. Levantei e fui tomar um banho. Depois fui à sala e fiquei assistindo a programação local da TV. Sentia uma leve enxaqueca e fiquei ali deitado no sofá. Por volta de 21h, meus pais foram à farmácia e pedi que comprassem um comprimido para dor de cabeça. Quando eles chegaram, tomei. Tentei relaxar um pouco e continuei no sofá deitado. Curtindo aquele espaço que a mim estava disponível. Senti-me bem por estar em casa. Por volta de 23h, liguei o DVD e fui assistir ao filme. Sozinho na sala, fechei as luzes e curti o momento. O filme “Encontros ao acaso” conta a história de uma mulher que se vê numa situação tão típica da atualidade, porém, vivida por cada um de maneira individual e própria. Ela vive encontros casuais, um homem por noite, sem vínculo, sem interesses além do estar com, ou melhor, do sexo. Quando a noite chegava ao fim, e na manhã seguinte, se via na cama com um desconhecido, pois, “naturalmente”, pela bebida ela conhecia muito bem os caras, o que ela mais desejava era sair da cama e ir para a sua casa. As despesas financeiras dos encontros ela fazia questão de pagar. Numa cena, ela insiste ao recepcionista do motel a receber a pernoite pelo quarto, detalhe, o cara que estava com ela, já havia pagado. Ela se chamava Lucy e no dia seguinte, após passar o efeito da bebida, se sentia culpada, surgia, um tipo de depressão e dúvida. As calcinhas usadas nos encontros, ela jogava no lixo. Tomava sempre um remédio, pela manhã, em casa. Fiquei na dúvida se era um remédio para o dia seguinte, evitando assim, qualquer risco de gravidez ou se era um remédio, para ressaca. Lucy morava numa cidade pequena nos Estados Unidos, tinha uma camionete, por onde se locomovia, dividia uma casa com uma amiga e trabalhava com um senhor de idade, administrando construções. A família de Lucy também morava na cidade. A mãe já tinha morrido e com o pai não tinha uma relação tão esperada. O pai morava num quarto, também fumava e bebia e freqüentava uma igreja evangélica, aos domingos pela manhã. Lucy é uma mulher que instiga, fica claro que ela é infeliz, tenta encontrar algum caminho bacana. Os irmãos do pai ou da mãe, isso também não fica tão claro, bem, ela sempre visita e mantém contato. A amiga que divide a casa com Lucy é o oposto dela, deseja se relacionar, curtir os momentos de se aguardar um telefonema de um rapaz, ou sair para jantar ou pegar um cineminha, essas coisas… Lucy freqüentava muito um bar da cidade, bebia muita cerveja, jogava sinuca e adorava música no estilo country antiga. Numa dessas noites, ela conhece Cal, um homem, que acabava de se mudar para a cidade e morava num quanto anexada à casa dos tios dele, até ele poder comprar uma para ele. Cal tinha um conversível preto e era um rapaz bonito e legal. 

Acho que ela percebe o algo a mais de Cal e no primeiro encontro, leva a amiga para fazer companhia. A atitude dela é engraçada, a insegurança também. A conversa na mesa é reticente, não aproximativa.  A amiga é daquelas que aguarda ser convidada para dançar, até que um rapaz a convida. Lucy sai da mesa e vai ao bar, bebe mais ainda. Ao voltar se impressiona que a amiga ainda está no salão dançando. Ela convida Cal para dançar, o efeito da bebida a deixava simpática ao extremo e bem desinibida, ou seja, o que muitos buscam quando bebe. Não preciso nem comentar como e aonde termina essa noite de Lucy. Na verdade acho que nesse momento inicia algo novo para ela. E esse momento começa o “x” do filme.

Gostei aonde levou a minha curiosidade em alugar esse filme. Acordou que em cada um de nós existem razões diversas e particulares capazes de nos motivar e capazes de nos reprimir.